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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Canção (com pastéis) de Lisboa

São quase tão emblemáticos para a cidade de Lisboa como o filme de Cottinelli Telmo ainda hoje é, e que ninguém se atreva a chamar-lhes pastéis de nata ao pé de um lisboeta purista. São de Belém, meus amigos. Dispensam apresentações...

 

Como eu gosto de arreliar pessoas, pego na tradição, trago-a para casa, e simplifico-a. Esta maravilha aqui em baixo não requer uma saída de casa até às intermináveis filas da mítica pastelaria de Belém e não fica nada atrás dos originais. Simplesmente come-se ...à fatia.

 

 

 

Um pastel de nata king size que, tanto faço com a tradicional massa folhada, como transformo em Pastel Bom Bocado mudando a massa de base. E mesmo que tenha de se suportar uma dor de barriga depois de o provar, não há melhor que o comer à saída do forno...

O cheiro de outros tempos

 

 

Um dos aromas mais reconhecíveis que, calculo, com uma ou outra variação, levem quase toda a gente de volta à infância é o do pão acabado de fazer. No meu caso, é o cheiro do pão que a minha avó comprava todas as manhãs das semanas de Verão que eu passava na casa dela. Já comi muitos pães quentes depois disso mas o cheiro parece sempre diferente, a textura parece nunca ser igual.

 

Não é a mesma coisa, nunca voltará a ser, mas ter aderido ao maravilhoso mundo das máquinas de fazer pão traz de volta uma pontinha desses aromas. Pão quente, à hora que quero, doce, integral, branco ou como bem me apetecer. Cá em casa já não se compra fora.

 

Mas há uma confissão que se impõe. Como cozinheira de preceito, devia condenar todo e qualquer tipo de pão mal levedado, daquele que acaba por ficar demasiado consistente e, consequentemente, mal cozido. Mas como as regras culinárias são coisa que só interessa se não se sobrepuserem ao prazer, aqui em casa estamo-nos borrifando para elas.

 

É que aquela massa mole de pão mal cozido, sem buracos e tão consistente que se podia moldar uma bola com ela depois de cozida, deixa-nos loucos. É um guilty pleasure para quem sabe que, na verdade, aquele não é um bom pão. Mas preocupo-me com isso? Não. O programa rápido da máquina de fazer pão já é o favorito cá do lar.

 

Basta a reprodução de um diálogo recente para se perceber a devoção: "Querido, está quase pronto o pãozinho", expliquei. Ele pergunta, esperançoso, "é daquele pão de uma hora?". Está dito.