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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Banalidades requintadas (1)

A gula é um monstro. A gula é uma criatura horrível. A gula também é uma amiga que apenas nos quer ver maiores. Agradeço à gula muitas coisas, outras nem tanto. Nos últimos tempos tenho a agradecer-lhe ter-me "obrigado" a provar a cookie de chocolate branco do Jeronymo (a cadeia de cafetarias com que o senhor Jerónimo Martins decidiu adicionar um "y" ao seu nome, tornando-o tropical ou moderno?).

Pode parecer vulgar mas neste ponto, estou do lado da gula. Estamos no terreno da fabricação em massa mas ainda assim é possível encontrar surpresas. Elas aparecem embrulhadas numa repelente embalagem de plástico - é verdade. Mas esqueçamos isso e aprendamos a desfrutar desta pobre cookie que não tem culpa de ter nascido na cafetaria errada: tem a textura correcta, e esconde pedaços de chocolate branco na medida certa.

Eu já me rendi há algum tempo. Mas, como em tudo, este texto pode também ter sido escrito sob influência - a da gula.

Pequeno-almoço pascal

Ou sem nada que ver com Páscoa mas, ainda assim, de puxar a gula.

 

Estou em modo "apetece-me passar o fim de semana a cozinhar que nem uma louca e no fim perceber que se calhar devia ter feito menos porque estou exausta". Não importa. Importa que acordei com vontade de fazer um pequeno-almoço pomposo e o que saiu foi isto.

 

 

Para os que acham que dá muito trabalho fazer panquecas, desenganem-se. Basta haver uma pontinha de vontade para estar na cozinha, pedir a companhia de alguém para ir pondo a conversa em dia enquanto se fazem as ditas cujas e em meia hora a tarefa está terminada.

 

A receita é simples:

1 ovo

200 ml de leite

240 ml de farinha (sim, parece estranho medir sólidos em mililitros mas eu uso o copo dos líquidos para tudo e assim torno a tarefa mais simples)

15 ml açúcar

30 ml manteiga derretida

15 ml de fermento em pó

Uma pitada de sal

 

O ovo é batido até criar espuma e, de seguida, juntam-se todos os outros ingredientes com uma vara de arames (a farinha e o fermento são as últimas coisas a entrar). Se quiserem, deixem a massa repousar durante 10 minutos. Eu sou demasiado impaciente para isso e começo logo a virar frangos.

 

Aquece-se uma frigideira com um pouco de manteiga no fundo (eu uso uma daquelas para crepes, muito planas e quase sem rebordo) e coloca-se uma concha mal cheia de massa. Agita-se a frigideira até se fazer uma forma mais ou menos redonda da panqueca e deixa-se cozinhar até ter bolhinhas no topo. Isso significa que é altura de a virar. Uns 30 segundos do outro lado chegam para terminar a nossa panqueca.

 

Quanto à cobertura, cortei uns morangos frescos, juntei um pouco de açúcar e deixei-os macerar enquanto fazia as panquecas. Mas as opções de toppings para este pequeno-almoço de terras do Tio Sam são intermináveis. É só ter ideias e pô-las no prato.

Cá estamos de novo, para cozinhar e falar sobre cozinhados

 

Começámos este blogue há algum tempo mas ele nunca arrancou devidamente. Agora, com a ajuda da equipa dos blogs do SAPO e com o makeover da Cláudia Vieira (obrigada, obrigada) estamos de volta e prometemos não parar de cozinhar e de provar coisas boas. 

 

Volto a fazer as apresentações devidas com algumas atualizações desde a altura em que arrancámos com o Quanto Mais Quente Melhor.

 

Somos dois amigos. Eu jornalista e cinéfila (multimédia, a palavra moderna para faz-tudo), ele assessor de imprensa na área do cinema. Sim, nada que ver com cozinhas.

 
Como acontece a todos, há dias em que nos apetecia mandar a rotina para trás das costas, deixar tudo e dar uma hipótese à nossa segunda vocação. A minha? Cozinhar. A do segundo escriba deste estaminé? Comer.


Não queremos ser a próxima Nigella nem o sucessor de Jamie Oliver mas no fundo, ingenuamente, acreditamos que o que aqui vamos passar a ter aqui pode um dia vir a ter mesas, cadeiras, uma cozinha e, com alguma sorte, uma caixa registadora.


Ora, o que vos queremos deixar-vos aqui não é mais do que uma caldeirada de todas as nossas influências. Receitas que compulsivamente uso para manter a minha cara-metade satisfeita com a requintada técnica de sedução pelo estômago, pareceres sobre os simpáticos (ou não tanto) restaurantes que que ali o colega de comidas vai descobrindo, e tudo isto, de quando em vez, lembrando sempre os filmes que nos fizeram gostar assim tanto de cinema (ou até não). Do belo polvo cru de "Oldboy" ao calórico Royale with cheese (ou Quarter Pounder) de "Pulp Fiction".


Parece estranho? Nós também achamos que sim. Mas como a Web é o mundo das liberdades, ninguém nos condenará pela tentativa nem por termos a Audrey Hepburn a tirar coisas do forno ali em cima.

 

Se nos acompanharem ficamos felizes…mesmo que esturriquem uma ou outra coisa aí em casa.

Comida com orelhas de rato


Toda a gente já sabe a conversa de que a Disneyland Paris é um mundo mágico e que quem lá vai não quer voltar ao mundo real e tal e tal (e é verdade, não é conversa de marketing) mas do que nunca nos lembramos é de a terra europeia do Rato Mickey também é um óptimo sítio para se comer (se se tiver carteira para isso, é certo).

 

Costumo lá ir de tempos a tempos, algumas vezes em férias e várias vezes em trabalho (situação de privilégio no que diz respeito às paparocas servidas) e passei por lá este fim de semana para mais três dias de trabalho em ambiente de diversão. Não queria deixar passar a oportunidade de lembrar aqui os gostinhos que de lá trouxe e as coisas que voltei a comer e que sabem sempre melhor lá.

 

O absolutamente obrigatório, pelo menos para esta que vos escreve, é um daquele lindos donuts da lojinha de bolos da Main Street. Os branquinhos são os melhores mas os outros também marcham. E para quem preferir cookies gigantes ou brownies, vai também sair satisfeito.

 

Nas refeições mais substanciais, os buffets são boa opção e têm comida para todos os gostos. Mas o meu preferido é da imagem que vêem ali em cima, o do étnico Agrabah Café. Entra-se nas arábias e sai-se a rebolar com pão pita e baklava.

 

Depois há os jantares feitos para estes eventos de apresentação de qualquer coisa. Bandejas de queijo de todas as variedades, acepipes fofinhos e saborosos e sobremesas que de tão bonitinhas dá vontade de estragar. E claro que nunca, mas nunca, podem faltar as batatas com forma de cabeça de Mickey, iguaria obrigatória para os mais - e menos - pequenos.