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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Frittata de queijo de cabra e espinafres

Usar o termo frittata em vez de omoleta está em voga. Não é bem a mesma coisa mas, em termos de sabor, o resultado final não será assim tão diferente.

 

Porque há receitas de frittata a multiplicar-se como pães quentinhos, o Quanto Mais Quente Melhor, enquanto blog que, apesar do estilo retro, considera acompanhar os tempos modernos, não podia ficar para trás. E mesmo que não fosse por isso, faço muitas vezes esta receita ou variações sobre ela em casa.

 

Cá fica então uma tradicional receita de frittata de queijo de cabra e espinafres.

 

Ingredientes:

5 ovos (grandes)

1 cebola média

80 gr de espinafres baby (uso meio pacote dos já lavados e arranjados)

75 gr de queijo de cabra fresco (daquele mais suave e sem a casca branca)

Sal e pimenta q.b.

1 fio de azeite

 

Aqueço o forno a 175º. Numa frigideira que depois possa ir ao forno coloco um fio de azeite. Pico a cebola e coloco ao lume a refogar no azeite até estar translúcida. De seguida, junto os espinafres, que não devem demorar mais do que 30 segundos a murchar.

 

Numa tigela, bato os ovos com o sal e a pimenta e coloco na frigideira por cima da mistura de cebola e espinafres. Não mexo os ovos nem um bocadinho, deixo-os ficar onde caíram. Rapidamente, esfarelo o queijo de cabra por cima desta espécie de omolete ainda crua.

 

Tiro a frigideira do lume e coloco no forno para acabar de cozinhar. Não deve demorar mais do que 5/10 minutos. É importante que fique dourada mas que ainda fique com uns resquícios quase líquidos no meio. Passado este ponto, começa a ficar seca.

 

Tiro do forno e corto às fatias, como uma pizza. É a imagem perfeita do que deve ser um almoço ligeiro quando colocada junto a uma salada verde.

Bolo nuvem (com cobertura de mil folhas)

Chamo-lhe bolo nuvem porque é essa a melhor imagem que se pode dar de um bolo de fécula de batata. Perfeito para quem é alérgico a glúten e para todos os outros que gostem mesmo muito de bolos tão fofinhos que quase nos fazem imaginar estar a comer pedaços de algodão em cada trinca. É incrível a alquimia que a fécula de batata consegue fazer numa massa de pão-de-ló tão corriqueira que até custa a acreditar no resultado quando se prova o efeito final.

 

 

Podem fazer este bolo sem qualquer cobertura e não ficarão mal vistos. Se quiserem ser originais, podem arriscar outra cobertura qualquer (uma ganache ou apenas açúcar em pó fazem sucesso). Mas eu prefiro esta, que não é mais do que icing de chocolate com uns efeitos de icing clássico. Ou, como gosto de lhe chamar, cobertura de mil folhas (é igual à que encontramos nos tradicionais bolos de massa folhada, creme de pasteleiro e...cobertura de mil folhas). 


Ingredientes:

6 ovos

200 gr açúcar

100 gr de fécula de batata 

2 colheres chá de fermento em pó

(para a cobertura)

200 gr de açúcar em pó

3 c. de sopa de cacau em pó

4 c. sopa de água

 

O primeiro passo, como sempre, é aquecer o forno (a 140º). Usei uma forma redonda de mola que untei com manteiga e polvilhei com farinha. Se quiserem que não haja vestígios de glúten na receita, podem polvilhá-la com fécula de batata ou apenas untá-la.

 

Depois, separei as claras das gemas, bati as gemas com o açúcar até a mistura ter duplicado de volume e ter obtido um creme esbranquiçado e fofinho.

 

Num prato, mexi a fécula com o fermento em pó. Juntei os pós à mistura de gemas, envolvendo bem para não ficar com grumos. Por fim, bati as claras em castelo e envolvi-as com carinho no creme de gemas e fécula.

 

Coloquei na forma e levei ao forno durante mais ou menos 30 minutos. É preciso ir verificando com olhos de águia para não deixar secar demasiado. Afinal, este é o bolo mais fofo do mundo.

 

Assim que o palito sair limpo, tirem do forno e deixem arrefecer um pouco antes de desenformar para um prato com alguma margem nos lados (não vá um pingo da cobertura escapar-se para fora).

 

Fazer a cobertura é tão simples como mexer o açúcar com mais ou menos três colheres de água (queremos que escorra um bocadinho da colher mas não demasiado). Tirei para uma tacinha à parte umas duas colheres de sopa desta mistura para fazer depois aquele efeito aranha. Ao resto, juntei o cacau em pó e mais uma colher de água, para que fique com a mesma consistência do creme branco. Vão testando a textura do creme, mais ou menos humidade na cozinha basta para que a quantidade de água que vos dei não seja a correta.

 

Basta agora cobrir o bolo com o icing de chocolate, espalhando com uma espátula e deixando escorrer uns pinguinhos pelos lados. Depois, e rapidamente para que não seque, façam vários círculos com o icing branco, do centro para fora. Para fazer o efeito de aranha, basta, com um palito, fazer vários "riscos" na cobertura, como se estivessem a marcar o bolo para cortar em fatias.