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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Um bolo espertalhão

Nunca tinha ouvido falar deste bolo, confesso que nunca a receita me tinha passado pelos olhos, mas parece que ela é amplamente partilhada desde há muito e deixa todos os que a experimentam impressionados. Isto é ciência, meus amigos. E o que importa mais: parece feito pelo mais mestre dos mestres pasteleiros, mas qualquer comum mortal o consegue fazer. Sem suar, é garantido.

 

A magia deste bolo inteligente está nisto: uma massa apenas (e fácil de fazer, ainda por cima) dá-nos um bolo com três camadas distintas. Em baixo, uma que se parece com pudim, no meio um creme e no topo um pão-de-ló fofinho.

 

 

Ingredientes:

4 ovos

500 ml de leite morno

125 gr de manteiga derretida

140 gr de açúcar em pó

raspa de meio limão

112 gr de farinha

1 vagem de baunilha

 

Comecem por aquecer o forno a 175º e por untar e forrar com papel vegetal uma forma quadrada de 20 cm.

 

Depois, separem as gemas das claras. Às gemas, juntem o açúcar em pó e as sementes da vagem de baunilha que rasparam como se não houvesse amanhã. Batam com uma batedeira durante mais ou menos cinco minutos até a mistura estar pálida, espessa e cair em fita. Adicionem a raspa de limão e a manteiga derretida e envolvam bem.

 

De seguida, vão adicionando o leite aos poucos, um terço de cada vez. A massa vai ficar bastante líquida mas é normal. Juntem agora a farinha e misturem até não restar sombra de grumo (um batedor de varas faz isto rapidamente). Batam nesta altura as claras em castelo bem firme e envolvam no preparado anterior com cuidado. Vai demorar um pouco a ficar tudo envolvido mas tenham paciência para não destruirem por completo as bolhas de ar nas claras.

 

Basta agora deitar a massa na forma e colocar dentro do forno. Deixem cozer a 175º durante dez minutos e, terminado esse tempo, baixem a temperatura para os 150º. Depois, é esperar mais uns 30 minutos (ou até o palito sair limpo).

 

Deixem arrefecer por completo e levem ao frigorífico durante uma a duas horas. Sim, têm de esperar este bocadinho mas vale a pena. No final, desenformem, cortem aos quadrados e comam vorazmente.

Paris...comme a Lisbonne

Sou tão freak da culinária que, quando viajo, em lazer ou trabalho, faço sempre pesquisa pelas lojas da especialidade antes de partir. Podem ser de tachos, panelas, de coisas para pastelaria. Outro desporto que me agrada é o de andar à caça de sítios onde melhor se come, preferencialmente não tendo de ir à falência só por lá ir.

 

No último fim de semana tive de ir a Paris em trabalho e claro que, no pouco tempo que tive livre, a agenda foi usada para os pontos acima.

 

Houve passeio pelo Marais com uma amiga que está a viver em Paris e um desvio para ir a uma loja de cozinha maravilhosa.

 

No Marais, tempo para um crème brûlée. Já comi melhor mas só por ter sido numa esplanada parisiense, perdoa-se qualquer falha no sabor.

 

 

Nas mesmas ruas estreitas do agora bairro trendy da capital francesa, passámos por uma montra de um pequeno estaminé acolhedor com as palavras "Comme a Lisbonne - Tasca" na vitrine. Parei para tirar uma fotografia e, lá de dentro, vem uma portuguesa com sotaque francês que cumprimenta a minha amiga. Ela já lá tinha estado uma vez com outra amiga e a dona do restaurante aparentemente é amiga da amiga. Portugueses em Paris são todos amigos, portanto.

 

 

Explica a senhora que o negócio nesta tasca da moda está a correr muito bem. Ao lado, há uma espécie de anexo, com montra virada para a rua, que alinha às dezenas pastéis de nata. O apelo à exportação da iguaria parece mesmo ter funcionado e já os levou a muitos sítios. "Vendemos 1700 a 1800 num dia de fim de semana", explica a dona do "Comme a Lisbonne".

 

O tal desvio para compras culinárias levou-me até um shopping em La Défense. Não tive tempo de ir às lojas tradicionais com panelas penduradas em Montmartre e fiquei-me pelo arco, pelo outro arco que não o do Triunfo. O Kitchen Bazaar, um franchising para geeks da cozinha com lojas em toda a França, tem tachos e panelas das marcas mais finórias, tudo o que possam imaginar para pastelaria e gadgets dos mais variados para usar na cozinha, e fez-me voltar a Portugal carregada.

 

 

Saí de lá com uma nova tarteira (estava a precisar de mais uma) que as que tenho já não chegam para dar conta do recado, com umas forminhas de papel para éclairs (ando com vontade de fazer coisas com massa choux), umas folhas para imprimir decorações comestíveis em bolos e biscoitos e um preparado para cobertura de chocolate que me pareceu dar jeito. Apetecia-me trazer mais mas não tinha mala para isso.

 

E depois, lá fui trabalhar, tratar da agenda principal da viagem.

Um folar que não chateia

Temos uma sugestão gulosa para a vossa Páscoa. Fartos de folares com ovos no meio que, sim senhor, são muito bonitos, mas na hora de cortar fatias chateiam que se farta? O Quanto Mais Quente Melhor tem a solução.

 

O nosso Pão Doce Especial é fofinho por dentro, crocante por fora e deixa toda a casa a cheira a anis e canela.

 

Encomendem já o vosso através do e-mail quantomaisquentemelhor1@gmail.com