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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Aventuras gastronómicas em NYC

Não quero voltar a esfregar isto na cara das pessoas porque é um golpe baixo mas acabei de voltar de férias e andei por Nova Iorque. Pronto, agora só vos vou esfregar na cara mais umas coisas boas que comi por lá, uma espécie de Top 3 (pelo menos da minha viagem) de coisas gulosas a não perder na Big Apple.

 

Lembram-se da minha batalha contra o Cronut? Pois é, acidentalmente e sem qualquer esforço acabei a comer um na Dominique Ansel Bakery, no Soho. "You were lucky, they're usually sold out by this time", lá nos disseram umas senhoras quando entrámos na pastelaria pelas 8h45, apenas esperando comer outra coisa qualquer e contemplar cronuts comidos por outros, e encontrámos - afinal - uma fila relativamente modesta e cronuts com fartura por vender.

 

E não é que vale a pena? Imaginem uma fartura que fez o amor com um croissant e deixou um donut juntar-se à festa. Pelo meio, um recheio que neste caso era de pera e salva (mudam todos os meses) e em cima uma cobertura de açúcar e limão. De morrer. Claro que ainda tenho dúvidas de que justifique as filas à porta às 7h da manhã. Mas lá que é bom, é.

 

 
Highlight número dois: jantar no 54 Below. É um daqueles restaurantes de produtor da Broadway, na cave do Studio 54. Parámos por lá para encher a barriga antes de ver a versão de palco de "Cabaret" (Michelle Williams como Sally Bowles, Allan Cumming como mestre de cerimónias, encenação do Sam Mendes, coreografia do Rob Marshall...ufa) em cena cá em cima no teatro.
 
 
O ar é de antigo speakeasy, formal na comida mas muito informal no serviço, no acolhimento e no dress code. Tem atuações todas as noites mas nós perdemo-las porque tínhamos de correr para o musical.
 
Provei estas coisas boas aqui em baixo e valeram o número final na conta. Podem ir à confiança.
 
 
Para arrumar o top, paragem obrigatória: um dos Alice's Tea Cup. Há três em toda a cidade, são uma casa de chá com brunch maravilhoso e chás de cair para o lado. Para além disso, cereja das cerejas no topo do bolo, uma decoração que, como o nome do estabelecimento indica, transforma o estaminé numa página de Alice no País das Maravilhas.

 

 

Escolhemos o chá para dois a fingir que era brunch. Vem servido à inglesa, num torre toda lindona e inclui um bule de chá, ovos escalfados, muesli com iogurte e dois scones...

 

...vamos demorar-nos aqui um pouco...O Alice's Tea Cup é quase lendário pelos seus scones. Todos os dias, há sabores diferentes, salgados e doces. Só provámos o de Mixed Berries e o de Chocolate and Salted Caramel mas pela prova podemos assegurar que devem ser todos de comer e chorar por mais. Vejam e babem-se. Prometo que parei por aqui.

 

De volta

O Quanto Mais Quente Melhor está de volta ao ativo.

 

Nos próximos dias esperem novos posts com aventuras culinárias em Nova Iorque e novas receitas.

Férias ao contrário

Eu sei que já toda a gente foi e veio mas eu sou do contra e gosto de tirar férias em Setembro. A partir desta quinta-feira e até dia 28 o Quanto Mais Quente Melhor vai estar em standby.

 

Vão passando pelo Facebook e pelo Instagram para impressões culinárias (e outras) dos meus passeios pelo meu destino, este aqui em baixo...

 

Perdi a batalha contra o Cronut

Aposto que já ouviram falar no conceito pornográfico do "Cronut"? Não? O Quanto Mais Quente Melhor explica.

 

A invenção data de 2013, nasceu na Dominique Ansel Bakery, no Soho, em Nova Iorque, e desde então que se tornou no grande hype da pastelaria. O Cronut é, como é relativamente fácil perceber pela aglutinação, uma mistura entre um croissant e um donut. Massa folhada aparentemente maravilhosa em forma de donut, frita e coberta de açúcar e outras coisas boas, entenda-se.

 

Diz quem provou que é bem bom e claro que, para além da pastelaria onde a iguaria nasceu, já muitas outras devem vender versões semelhantes em Nova Iorque e noutros sítios do mundo.
Ora, esta que vos escreve, porque vai de férias na próxima semana, é uma moça de preceitos e o seu destino é precisamente Nova Iorque, achou que era giro provar um Cronut e decidiu tirar a morada da pastelaria para ver se lá ia. Meus amigos, pelo caminho, abri a caixa de Pandora e perdi uma guerra épica.
O site da Dominique Ansel Bakery explica detalhadamente o que fazer para se comer um Cronut. E perguntam vocês: "Mas esperem, esta agora acha que me vai ensinar a comer?". E digo eu: "Não, calma que já vão perceber onde eu estou a ir com isto".
Primeiro, regras básicas:
1. Só há um sabor de Cronut por mês;
2. É preciso comer o Cronut na hora senão supostamente perde qualidade;
3. Se o quiserem cortar ao meio, façam-no com uma faca de serrilha para não esmagar as camadas de massa folhada.
Tanta coisa para comer um bolo, digo eu?
Agora entramos no nível de demência: A produção diária dos Cronuts é muito limitada pelo que para conseguir um é preciso lutar (mesmo, aposto que há tareia à porta da pastelaria). Diz o site, que a fila de espera começa fora da pastelaria mais ou menos uma hora antes da sua abertura. Se chegarem num dia de semana pelas 7h da manhã devem conseguir um, ao fim de semana a coisa é ainda mais complicada, explica. Ah, e cada pessoa só pode comprar no máximo dois.
Mas parem tudo! É possível fazer uma encomenda online do Cronut para uma determinada data e, no dia marcado, chegar ao Soho, não ter de esperar na fila e comer o dito cujo encomendado. Parece fácil, não é? Isso queriam vocês!

O site abre todas as segundas-feiras às 11h em ponto, hora local, para encomendas a levantar dali a duas semanas. Está aberto apenas até o número limitado disponível de Cronuts esgotar.
Tentei uma primeira vez na semana passada. Tentei esta semana. Duas derrotas à grande.
À hora marcada, o tráfego no site deve ser tanto que demora uns 10 minutos a abrir e mesmo que, abrindo, ainda consigam seleccionar um ou dois Cronuts, no check out ficam tramados. "Someone beat you to the Cronut", dizem-nos como que a gozar com a nossa cara de falhado.
Dizem que o hype é tão grande, que há Cronuts a ser vendidos no mercado negro por preços que chegam aos 100 dólares (na pastelaria cada um custa 5 dólares).
Conclusão: Para o Diabo com o Cronut. Sou capaz de lá passar, mas vou entrar e calmamente comer um DKA, que diz que é tão bom quanto o Cronut e não dá maçada.