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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Quando em Berlim...

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Andei por Berlim em trabalho nos últimos dias e não posso deixar de vos dar uma dica. Se passarem por lá e forem foodies, geeks da culinária ou de raça semelhante subam ao sexto piso do KaDeWe (o Harrods lá do sítio).

 

É um andar inteiro dedicado exclusivamente a coisas gourmet. Há para comer e beber no local, há para levar e comer, há para levar e cozinhar. A morte para um aficcionado destas coisas.

Aventuras gastronómicas em NYC

Não quero voltar a esfregar isto na cara das pessoas porque é um golpe baixo mas acabei de voltar de férias e andei por Nova Iorque. Pronto, agora só vos vou esfregar na cara mais umas coisas boas que comi por lá, uma espécie de Top 3 (pelo menos da minha viagem) de coisas gulosas a não perder na Big Apple.

 

Lembram-se da minha batalha contra o Cronut? Pois é, acidentalmente e sem qualquer esforço acabei a comer um na Dominique Ansel Bakery, no Soho. "You were lucky, they're usually sold out by this time", lá nos disseram umas senhoras quando entrámos na pastelaria pelas 8h45, apenas esperando comer outra coisa qualquer e contemplar cronuts comidos por outros, e encontrámos - afinal - uma fila relativamente modesta e cronuts com fartura por vender.

 

E não é que vale a pena? Imaginem uma fartura que fez o amor com um croissant e deixou um donut juntar-se à festa. Pelo meio, um recheio que neste caso era de pera e salva (mudam todos os meses) e em cima uma cobertura de açúcar e limão. De morrer. Claro que ainda tenho dúvidas de que justifique as filas à porta às 7h da manhã. Mas lá que é bom, é.

 

 
Highlight número dois: jantar no 54 Below. É um daqueles restaurantes de produtor da Broadway, na cave do Studio 54. Parámos por lá para encher a barriga antes de ver a versão de palco de "Cabaret" (Michelle Williams como Sally Bowles, Allan Cumming como mestre de cerimónias, encenação do Sam Mendes, coreografia do Rob Marshall...ufa) em cena cá em cima no teatro.
 
 
O ar é de antigo speakeasy, formal na comida mas muito informal no serviço, no acolhimento e no dress code. Tem atuações todas as noites mas nós perdemo-las porque tínhamos de correr para o musical.
 
Provei estas coisas boas aqui em baixo e valeram o número final na conta. Podem ir à confiança.
 
 
Para arrumar o top, paragem obrigatória: um dos Alice's Tea Cup. Há três em toda a cidade, são uma casa de chá com brunch maravilhoso e chás de cair para o lado. Para além disso, cereja das cerejas no topo do bolo, uma decoração que, como o nome do estabelecimento indica, transforma o estaminé numa página de Alice no País das Maravilhas.

 

 

Escolhemos o chá para dois a fingir que era brunch. Vem servido à inglesa, num torre toda lindona e inclui um bule de chá, ovos escalfados, muesli com iogurte e dois scones...

 

...vamos demorar-nos aqui um pouco...O Alice's Tea Cup é quase lendário pelos seus scones. Todos os dias, há sabores diferentes, salgados e doces. Só provámos o de Mixed Berries e o de Chocolate and Salted Caramel mas pela prova podemos assegurar que devem ser todos de comer e chorar por mais. Vejam e babem-se. Prometo que parei por aqui.

 

Férias ao contrário

Eu sei que já toda a gente foi e veio mas eu sou do contra e gosto de tirar férias em Setembro. A partir desta quinta-feira e até dia 28 o Quanto Mais Quente Melhor vai estar em standby.

 

Vão passando pelo Facebook e pelo Instagram para impressões culinárias (e outras) dos meus passeios pelo meu destino, este aqui em baixo...

 

Londres: There and back again

Se notaram a minha ausência no blog, ela deveu-se a umas mini-férias muito bem aproveitadas em Londres.

 

No que à gastronomia diz respeito, andei nas aventuras da Street Food, comi num dos muitos restaurantes do Jamie Oliver (e comi muito bem), provei um cupcake na Hummingbird Bakery e fiz compras de gadgets culinários e livros da especialidade que nem uma desalmada.

 

Enchi o Instagram e o Facebook de fotos mete-nojo mas hoje só vos obrigo a ver mais uma, a desta pavlova com framboesas, honey comb e um fio de chocolate, provada no Jamie's Italian de Covent Garden.

 

 

Agora, volto à atividade nacional no Quanto Mais Quente Melhor com mais receitas brevemente e sempre à espera das vossas encomendas através do e-mail quantomaisquentemelhor1@gmail.com

 

Espreitem a nossa ementa aqui.

Paris...comme a Lisbonne

Sou tão freak da culinária que, quando viajo, em lazer ou trabalho, faço sempre pesquisa pelas lojas da especialidade antes de partir. Podem ser de tachos, panelas, de coisas para pastelaria. Outro desporto que me agrada é o de andar à caça de sítios onde melhor se come, preferencialmente não tendo de ir à falência só por lá ir.

 

No último fim de semana tive de ir a Paris em trabalho e claro que, no pouco tempo que tive livre, a agenda foi usada para os pontos acima.

 

Houve passeio pelo Marais com uma amiga que está a viver em Paris e um desvio para ir a uma loja de cozinha maravilhosa.

 

No Marais, tempo para um crème brûlée. Já comi melhor mas só por ter sido numa esplanada parisiense, perdoa-se qualquer falha no sabor.

 

 

Nas mesmas ruas estreitas do agora bairro trendy da capital francesa, passámos por uma montra de um pequeno estaminé acolhedor com as palavras "Comme a Lisbonne - Tasca" na vitrine. Parei para tirar uma fotografia e, lá de dentro, vem uma portuguesa com sotaque francês que cumprimenta a minha amiga. Ela já lá tinha estado uma vez com outra amiga e a dona do restaurante aparentemente é amiga da amiga. Portugueses em Paris são todos amigos, portanto.

 

 

Explica a senhora que o negócio nesta tasca da moda está a correr muito bem. Ao lado, há uma espécie de anexo, com montra virada para a rua, que alinha às dezenas pastéis de nata. O apelo à exportação da iguaria parece mesmo ter funcionado e já os levou a muitos sítios. "Vendemos 1700 a 1800 num dia de fim de semana", explica a dona do "Comme a Lisbonne".

 

O tal desvio para compras culinárias levou-me até um shopping em La Défense. Não tive tempo de ir às lojas tradicionais com panelas penduradas em Montmartre e fiquei-me pelo arco, pelo outro arco que não o do Triunfo. O Kitchen Bazaar, um franchising para geeks da cozinha com lojas em toda a França, tem tachos e panelas das marcas mais finórias, tudo o que possam imaginar para pastelaria e gadgets dos mais variados para usar na cozinha, e fez-me voltar a Portugal carregada.

 

 

Saí de lá com uma nova tarteira (estava a precisar de mais uma) que as que tenho já não chegam para dar conta do recado, com umas forminhas de papel para éclairs (ando com vontade de fazer coisas com massa choux), umas folhas para imprimir decorações comestíveis em bolos e biscoitos e um preparado para cobertura de chocolate que me pareceu dar jeito. Apetecia-me trazer mais mas não tinha mala para isso.

 

E depois, lá fui trabalhar, tratar da agenda principal da viagem.