Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Creme de ervilhas com chouriço crocante

Os dias cinzentões devem estar por aí a chegar e vão começar a pedir comida outonal, quentinha e aconchegante. Este creme de ervilhas é tudo isso e muito mais e tem a vantagem de não ser uma sopa aborrecida. Afinal, já ninguém tem paciência para o creme de cenoura sensaborão que se comia lá em casa quando tínhamos dez anos.

 

Eu gosto de ervilhas mas acho sempre que elas precisam de ter um amigo ao seu lado para contrastar com o seu doce natural. Desta vez o eleito foi o chouriço.

Captura de ecrã 2014-10-13, às 13.33.12.png

 

Ingredientes:

750 g de ervilhas congeladas

1/2 chouriço

1 cebola grande

2 dentes de alho

1 fio de azeite

1 c. chá de noz-moscada

Sumo de meio limão

100 ml de leite

Sal e pimenta q.b.

 

Comecei por colocar o fio de azeite num tacho, aquecê-lo bem e deitar para lá o chouriço cortado em pequenos cubinhos. Quando o chouriço tiver largado a sua gordura e estiver bem tostadinho, retirem-no e coloquem-no a escorrer numa folha de papel absorvente.

 

Na gordura que o chouriço largou, refoguem a cebola e o alho picados até que fiquem dourados. Juntem depois as ervilhas e o sumo de limão, temperem com o sal, a pimenta e a noz-moscada e deixem cozinhar até que as ervilhas percam aquele aspeto de congeladas (até o verdinho ficar bem verdinho).

 

Adicionem depois água ( basta que cubram as ervilhas, se for pouca podem sempre acertar no fim) tapem o tacho e deixem cozinhar durante 10/15 minutos ou até as ervilhas estarem bem tenras mas não terem perdido a sua cor original e vibrante.

 

Terminado este tempo, triturem tudo com uma varinha mágica. Coem depois o puré num passador para que fique bem cremoso e as peles das ervilhas não arruinem a nossa experiência (se forem menos mariquinhas do que eu podem saltar este passo). Por fim, adicionem o leite e levem de novo ao lume só até levantar fervura.

 

Retifiquem os temperos e sirvam, colocando no centro algum do chouriço crocante e por cima um fio de azeite.

Off we go...

Sim, já vi toda a gente ir de férias e vir de férias. Passei julho e agosto a vê-los ir e voltar. Agora é a minha vez.

 

O Quanto Mais Quente Melhor está oficialmente de férias e vai para outras paragens nas próximas duas semanas. Volto a partir de dia 28.

 

Bolo de Arroz (para cortar à fatia)

É certamente um daqueles que todos nos lembramos de comer, de pequenos a graúdos, numa pastelaria lá do bairro. Comer o topo primeiro, tirar a faixa de papel e comer o resto. Este é o meu método mas há-de haver outros.

 

Há melhores, piores e muitos que provavelmente levam apenas uma amostra de farinha de arroz. Podemos até discutir se o bolo de arroz merece ter o estatuto de bolo obrigatório em qualquer café que se preze. Afinal, é só um simples pão-de-ló feito com farinha de arroz. Mas que cai bem em qualquer lanche, cai. E este aqui sabe tão bem como os individuais mas é para ser cortado à fatia.

 

1908030_922197397855820_4741574276102473911_n.jpg

Ingredientes:

6 ovos

150 gr. açúcar (mais algum para polvilhar no topo do bolo)

150 gr. de farinha de arroz

60 gr. de manteiga à temperatura ambiente

1 c. chá de fermento em pó

1 c. sopa de whisky, vinho do Porto ou rum (ou nada, se não quiserem álcool)

 

Comecem por untar uma forma de bolo inglês com manteiga e por a forrar com papel vegetal. Se preferirem, podem usar uma forma redonda ou de buraco.

 

Aqueçam o forno a 175º/180º.

 

Batam a manteiga com o açúcar até obterem um creme fofo e, de seguida, vão adicionando as gemas, uma a uma, batendo entre cada adição. Guardem as claras numa tigela à parte. Adicionem o álcool (caso queiram usar) e batam um pouco mais.

 

Juntem à mistura de gemas a farinha de arroz e o fermento e envolvam até estar tudo bem ligado, sem bater.

 

À parte, batam as claras em castelo e envolvam com carinho na massa para que não percam o ar.

 

Deitem a massa na forma e polvilhem o topo com açúcar. Sejam generosos, que este açúcar é o que vai garantir aquela crosta doce típica do bolo de arroz.

 

Levem ao forno durante 35 a 40 minutos. Retirem quando estiver bem dourado e o palito sair limpo.

 

Deixem arrefecer, desenformem e devorem fatias gordas a acompanhar um chá ou um café.