Comida com fartura, docinhos conventuais e as alheiras da Angelina
Ir ao Festival de Gastronomia de Santarém é como voltar a casa. Na verdade, a casa não está assim tão longe. Cresci ali perto, antes de vir para Lisboa e não voltar mais. Não é que a distância seja muita mas ainda parece que a romaria anual para, sejamos honestos, encher o bandulho, é como a viagem à terra que quem nasceu em Trás-os-Montes e mora na capital faz pela altura do Natal.
Por estes dias e até dia 2 de novembro acontece mais uma edição do festival. O país cresceu na oferta de eventos gastronómicos mas este é dos mais antigos e mais completos e continua a funcionar. As antigas cavalariças da Casa do Campino de Santarém enchem-se de tasquinhas, cada uma a levar o galhardete de uma região do país, de bancas com enchidos e queijos e de barraquinhas com os doces mais conventuais do convento. Para antecipar qualquer problema, levem um Kompensan na mala, é o que vos digo.
Este sábado lá fomos. Provámos todos os enchidos a que tínhamos direito um arroz de costelinha e fumeiro.
Segunda etapa: dar a provar ao grupo que ia na comitiva os tradicionais pampilhos de Santarém. E não há pampilho melhor que o da pastelaria Bijou... Cafés de Lisboa, parem de pôr nas vossas montras aqueles doces compridos com ar de que se podem atirar à parede e fazer um buraco e chamar-lhes pampilhos.
Fase final: a voltinha obrigatória pela secção de enchidos e queijos onde este ano há representação das alheiras Angelina, que ela pelos vistos também tem negócios em Mirandela.
Se puderem passem por lá e levem o estômago vazio.