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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

O pão de ló que se quer (molhadinho por dentro, tostadinho por fora)

Já todos certamente provaram ou ouviram pelo menos falar do Pão de Ló de Alfeizerão. Supostamente nascido de um erro que umas freiras menos jeitosas cometeram no tempo de cozedura de um bolo para oferecer ao rei, esta coisa boa tornou-se numa iguaria com direito a estatuto próprio, reproduzida geração após geração.

 

O que provavelmente não sabem é que é muito simples fazê-lo em casa. Usei a receita da Maria de Lourdes Modesto, que podem encontrar no livro "Cozinha Tradicional Portuguesa", e não falhou.

 

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 Ingredientes:

 2 ovos inteiros

6 gemas

100 gr de açúcar

50 gr de farinha com fermento

 

Forrem uma forma redonda de fundo amovível com papel vegetal, deixando uma boa altura no papel, e untem-na bem. Aqueçam o forno a 200º/225º graus (no meu chegam os 200º, que ele é mais quente do que o termómetro anuncia).

 

Conselho de amiga: Façam isto com uma batedeira, de preferência das que têm suporte fixo. É preciso bater a mistura do pão de ló por mais ou menos quinze minutos e à mão cansa um bocadito.

 

Comecem por bater os dois ovos com o açúcar até que a vossa mistura comece a ficar esbranquiçada. Juntem depois as gemas que desfizeram grosseiramente com um garfo e batam em velocidade máxima por dez minutos (nem mais, nem menos).

 

Se quiserem aldrabar a tradição (como esta que vos escreve) juntem um colher de chá de extrato ou pasta de baunilha nesta fase. Se forem puristas, deixem-se estar que eu não vos levo a mal.

 

Depois disto, envolvam cuidadosamente a farinha para que a massa não perca o ar.

 

Coloquem a massa na forma e levem ao forno já quente durante dez minutos (nem mais, nem menos). Retirem o bolo e desenformem-no de imediato.

 

Resistam à tentação de o deixar mais tempo no forno. Sim, a massa vai parecer líquida mas assim que arrefecer vai estar no ponto certo: creme no meio, bolo nas pontas (nem mais, nem menos).

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