O Pão do Vaticano também já chegou aqui ao estaminé
Só para que não haver cá confusões: não sou supersticiosa (venham os gatos pretos e os espelhos partidos) ou religiosa. Nada mesmo.
Mas não sou moça para recusar uma nova receita e, como muita gente à minha volta anda a fazer o famigerado Pão do Vaticano, haveria de vir cá parar um frasquinho de massa.
Para quem nunca ouviu falar deste pão, que na realidade é mais bolo do que pão, ele é o resultado do que se pode chamar uma corrente culinária. A corrente diz que o pão traz boa sorte a toda a família, que quem coze o pão vê um desejo realizado e que se deve fazer apenas uma vez na vida. Não encontro a história sobre a origem da receita, apenas as experiências que as pessoas vão partilhando online, por isso, não vos consigo contar mais detalhes.
A receita deve começar-se à segunda-feira, a partir de um frasquinho com massa que um amigo vos entregou, ser feita ao longo da semana (todos os dias é preciso adicionar mais uns ingredientes) e terminar-se ao sábado com a cozedura do bolo, reservando três partes de massa para distribuir a outros três amigos.
"Tanta mariquice para fazer um bolo?", perguntam vocês. Verdade. Mas o processo, superstições e religiões à parte, tem o seu quê de comunitário e único e interessa-me por isso.
Já tenho cá o meu frasquinho. Segunda-feira começamos a festa.