Visita à quinta da tia resulta inevitavelmente em carregamento de legumes biológicos à moda antiga. A abóbora que veio comigo para casa estava a pedir para ser desmantelada e usada. Parte transformou-se em compota, outra foi para o congelador para usos futuros e um generoso pedaço foi para fazer este bolinho outonal, para inaugurar a nova estação.
Ingredientes:
500 gr. de abóbora menina limpa e partida aos cubos
250 gr. de açúcar
250 gr. de farinha
75 gr. de amido de milho
1 c. chá de fermento em pó
4 ovos
2 dl. de óleo
1 c. sobremesa de canela (opcional)
1 pitada de sal
Para a cobertura:
200 gr. de chocolate em pó
50 gr. de manteiga
10 c. sopa de leite
Comecem por aquecer o forno a 180º e por untar uma forma redonda.
Separem as gemas das claras dos ovos. Num liquidificador, coloquem a abóbora, o óleo, o açúcar e as gemas de ovos. Triturem até obterem um puré homogéneo.
Coloquem a mistura numa tigela e, aos poucos e envolvendo entre cada tranche, peneirem lá para dentro a farinha, o amido de milho, o fermento e canela. Juntem o sal. Envolvam até não sobrarem grumos mas sem bater muito (se algum sobreviver, passem a varinha mágica na massa por uns segundos e o problema fica resolvido).
À parte, batam as claras em castelo e envolvam-nas na massa delicadamente. Deitem a massa na forma e levem ao forno por 45 a 55 minutos ou até um palito sair limpo do centro do bolo. Desenformem-no e preparem a calda de chocolate.
Para fazer a calda, levem ao lume num tacho o chocolate em pó, a manteiga e o leite, mexendo sempre até que comece a ferver.
Retirem do lume e deitem a cobertura sobre o bolo, deixando que ela escorra para os lados de forma desajeitada.
Esperem pacientemente até que tudo arrefeça e devorem.
Como um dos provadores oficiais das minhas iguarias tão bem disse, "isto é muito bem inventado". E não haja dúvida de que é.
Imagine-se que um daqueles pãezinhos de canela enroladinhos (muito nórdicos mas, por esta altura, disseminados por onde calha) ganha nova vida em forma de bolo. Desta reencarnação de um "cinnamon sticky bun" chega-nos um bolo húmido, recheado com uma mistura de canela, manteiga e açúcar que, em contacto com o forno, se derrete para formar uma espiral de pecado que deixa rasto nos dedos (ou não, porque no fim não sobra nada).
Um ótimo bolo para acompanhar um chá quentinho e enfrentar uma tarde fria e chuvosa como a de hoje.
Ingredientes:
(Para o bolo)
2 chávenas de farinha
1 chávena e meia de açúcar
2 c. chá de fermento em pó
1/2 c. chá de sal
1 chávena e um terço de natas para bater light
150 gr de manteiga derretida
1 c. chá de extrato de baunilha
3 ovos grandes
(Para o swirl de canela)
160 gr manteiga amolecida
3/4 chávena de açúcar louro
1 c. sopa de canela em pó
(Para a cobertura)
250 gr de açúcar em pó
3 c. sopa de água
1/2 c. chá de extrato de baunilha
Aqueci o forno a 175º. Untei uma forma quadrada com manteiga (podem usar redonda, se preferirem), forrei o fundo com papel vegetal e polvilhei a forma com farinha.
Comecei por bater os ovos com o açúcar até a mistura ficar esbranquiçada. Juntei depois as natas e o extrato de baunilha e, no final, incorporei a farinha e a manteiga derretida alternadamente, envolvendo com cuidado e começando e terminando com a farinha.
Coloquei a massa na forma.
Passo seguinte: fazer o delicioso swirl. Numa tigela, misturei a manteiga amolecida (não derretida) com o açúcar louro e a canela até ficar com uma pasta espessa, mole mas não líquida. Depois, basta colocar aleatoriamente colheradas cheias desta pasta em cima da massa de bolo que já tínhamos colocado na forma.
Não se esqueçam de preencher também nos cantos, porque a massa vai crescer à volta e forçar a mistura de canela a ir mais para o meio.
Finalmente, com uma faca ou uma espátula, fiz uns ziguezagues nas colheradas de pasta de canela para criar um efeito marmoreado, o dito swirl.
Levei ao forno durante mais ou menos uma hora (ou até um palito sair limpo do centro).
Quando tirarem do forno, esperem uns 15 minutos. Enquanto passa o tempo, façam a cobertura. Basta misturar o açúcar em pó, o extrato de baunilha e a água até estar tudo dissolvido.
Eu não tiro este bolo da forma porque sou pragmática e não quero perder tempo de vida com coisas destas. Cubro-o e sirvo-o mesmo ali. Mas se quiserem fazer a coisa a preceito, podem desenformar o bolo, voltar a virá-lo para a posição em que estava dentro da forma (está mais douradinho desde lado) e cobri-lo com o icing de forma artisticamente irregular, que é como quem diz, como bem vos apetecer.