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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Salada caprese morna

As saladas como prato principal são coisa que me sabem sempre melhor no verão. Inverno é época que pede sopas a fumegar. Mas se me derem uma salada de sustento e, ainda por cima, morninha como esta, fico feliz.

 

A receita é do mais simples que há. É uma salada caprese a que se mistura massa acabada de fazer. Toca a experimentar já este fim de semana.

 

 

Ingredientes (para duas pessoas):

125 gr de massa seca (pevide ou bagos, geralmente usam-se em sopas mas ficam perfeitos aqui)

8 tomates cereja

10 bolinhas pequenas de mozzarela (Bocconcini, como se diz em Itália)

Um molhinho de manjericão fresco

1 dente de alho

2 colheres de sopa de azeite

Sal e pimenta q.b.

 

Comecem por colocar um tacho com água, uma boa quantidade de sal e um fio de azeite ao lume.

 

Enquanto a água não ferve, coloquem numa tigela os tomates cortados em quartos, as bolinhas partidas ao meio e o manjericão cortado em juliana (façam um rolinho com as folhas e piquem finamente com uma faca afiada). A isto, juntem o dente de alho picado muito fininho. O ideal será usar um esmagador de alho em vez de picar para que não restem pedaços grandes.

 

Por fim, temperem com sal e pimenta e juntem as duas colheres de azeite. Envolvam esta mistura com cuidado para que todos os sabores se misturem. Deixem-na a marinar enquanto tratam da massa.

 

Por esta altura, a água já deve estar a ferver. Coloquem a massa na água e deixem cozer até que fique "al dente" (deve demorar uns 7 minutos). Quando estiver pronta, escorram a massa e reservem até arrefecer um pouco. Deve estar morna mas já não fumegante.

 

Basta agora juntar a massa ao preparado de tomate, queijo e manjericão e envolver tudo. Se acharem que está muito seco podem colocar mais um fio de azeite. Voltem a testar o tempero e, caso necessário, adicionem mais sal.

 

Para comer à colherada no sofá da sala.

Creme de ervilhas com chouriço crocante

Os dias cinzentões devem estar por aí a chegar e vão começar a pedir comida outonal, quentinha e aconchegante. Este creme de ervilhas é tudo isso e muito mais e tem a vantagem de não ser uma sopa aborrecida. Afinal, já ninguém tem paciência para o creme de cenoura sensaborão que se comia lá em casa quando tínhamos dez anos.

 

Eu gosto de ervilhas mas acho sempre que elas precisam de ter um amigo ao seu lado para contrastar com o seu doce natural. Desta vez o eleito foi o chouriço.

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Ingredientes:

750 g de ervilhas congeladas

1/2 chouriço

1 cebola grande

2 dentes de alho

1 fio de azeite

1 c. chá de noz-moscada

Sumo de meio limão

100 ml de leite

Sal e pimenta q.b.

 

Comecei por colocar o fio de azeite num tacho, aquecê-lo bem e deitar para lá o chouriço cortado em pequenos cubinhos. Quando o chouriço tiver largado a sua gordura e estiver bem tostadinho, retirem-no e coloquem-no a escorrer numa folha de papel absorvente.

 

Na gordura que o chouriço largou, refoguem a cebola e o alho picados até que fiquem dourados. Juntem depois as ervilhas e o sumo de limão, temperem com o sal, a pimenta e a noz-moscada e deixem cozinhar até que as ervilhas percam aquele aspeto de congeladas (até o verdinho ficar bem verdinho).

 

Adicionem depois água ( basta que cubram as ervilhas, se for pouca podem sempre acertar no fim) tapem o tacho e deixem cozinhar durante 10/15 minutos ou até as ervilhas estarem bem tenras mas não terem perdido a sua cor original e vibrante.

 

Terminado este tempo, triturem tudo com uma varinha mágica. Coem depois o puré num passador para que fique bem cremoso e as peles das ervilhas não arruinem a nossa experiência (se forem menos mariquinhas do que eu podem saltar este passo). Por fim, adicionem o leite e levem de novo ao lume só até levantar fervura.

 

Retifiquem os temperos e sirvam, colocando no centro algum do chouriço crocante e por cima um fio de azeite.

Tartes de queijo de cabra e cebola caramelizada

Eu sei que por estes dias a última coisa que vos passará pela cabeça será ligar o forno. Mas, se forem desvairados como eu, não se importarão de criar uma pequena sauna na vossa cozinha para oferecer aos comensais lá de casa coisas novas e boas.

 

Estas tartes de tamanho individual, apesar de vos obrigarem a esse suplício, são muito simples e rápidas de fazer e vão fazer sucesso entre "queijófilos".

 

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 Ingredientes (para duas pessoas):

150 gr. de massa folhada de compra (fresca ou congelada)

2 cebolas médias

12 rodelas finas de queijo de cabra

15 gr. de manteiga ou margarina

1 c. chá de açúcar

1 pitada de sal

1 fio de mel

 

Comecem por aquecer o forno a 180º. Forrem com papel vegetal um tabuleiro grande.

 

Levem a manteiga ao lume numa frigideira e, quando tiver derretido, juntem as cebolas cortadas em rodelas finas e a pitada de sal. Vão mexendo de vez em quando e deixem que cozinhe até que fique macia (mais ou menos 5 minutos).

 

Adicionem depois o açúcar e duas colheres de sopa de água e deixem que a cebola cozinhe tapada, em lume brando, mexendo de vez em quando, durante mais uns 5/10 minutos, até todo o líquido ter sido absorvido e a mistura estar escurinha (cuidado para não pegar ao fundo).

 

Estendam a vossa massa folhada e cortem-na em dois rectângulos. Se quiserem usar o meu método "poupa tempo", usem metade de uma dose de massa folhada de compra rectangular e nem precisam de estender, precisam apenas de cortar essa porção ao meio.

 

Disponham os dois rectângulos de massa folhada no tabuleiro forrado e deixem algum espaço entre eles. Com uma faca afiada, marquem uma espécie de moldura de 1,5 centímetros no interior de cada quadrado (isto vai fazer com que a massa suba mais nas pontas durante a cozedura).

 

Dentro do rectângulo que marcaram com a faca coloquem a cebola (dividam a porção entre as duas tartes) e, por cima, coloquem 6 rodelas de queijo de cabra por cada tarte (como veem na imagem)

 

Levem ao forno durante uns 25/30 minutos, até que a massa tenha subido bastante nas pontas e o queijo esteja dourado.

 

Retirem, reguem as tartes com um fio de mel e saboreiem com uma salada a acompanhar.

 

Focaccia com alecrim e flor de sal

Eu sei que o tempo quente não pede receitas que exijam forno. Eu sei. Mas fazer esta focaccia é simples, recompensador (quem não se sente vitorioso ao ver um pão caseiro sair do seu forno que atire a primeira pedra) e dá-nos material delicioso para acompanhar uma sopa ou uma salada. Ou para comer só assim, só porque somos gulosos por pão.

 

Fiz a minha com uma combinação básica, colocando alecrim e flor de sal no topo. Claro que podem juntar outras coisas boas à vossa: tomate seco ou umas lascas de parmesão vão certamente bem com este pão italiano.

 

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Ingredientes:

500 gr de farinha sem fermento (tipo 65)

2 c. chá de fermento de padeiro seco (do instantâneo, ou seja, aquele que não precisa de ser ativado em água quente e é só juntar à farinha)

2 c. chá de sal

80 ml de azeite + 1 fio generoso para cobrir o pão no final

250 ml de água quente (tépida, não a ferver)

2 ou 3 raminhos de alecrim

1 pitada generosa de flor de sal

 

Comecem por colocar a farinha, o sal e o fermento numa tigela (o sal de um lado e o fermento na outra ponta, que muito perto um mata o outro). A isto adicionem a água quente e o azeite e mexam com uma colher de pau até a massa começar a ficar ligada.

 

Depois, retirem da tigela e comecem a amassar com as mãos, esticando, virando, enrolando e esmurrando durante uns dez minutos. Está pronta quando pressionarem a massa com a ponta de um dedo e ela voltar quase à forma inicial.

 

Formem uma bola com a vossa massa, coloquem-na num tabuleiro rectangular polvilhado com farinha e, com os dedos, estiquem a massa até que ocupe quase todo o tabuleiro.

 

Cubram com película aderente e deixem que levede durante mais ou menos uma hora num sítio quentinho.

 

Terminado este tempo, aqueçam o forno a 200º. Destapem a massa e, com o dedo indicador, façam pequenos buracos na massa, pressionando até sentirem o tabuleiro. Em cada buraquinho, coloquem umas folhinhas de alecrim.

 

Salpiquem toda a massa com flor de sal e levem ao forno durante 30 a 40 minutos, até que o topo esteja dourado e o fundo se solte facilmente do tabuleiro.

 

Retirem do forno e deitem por cima um fio generoso de azeite. Comam quente ou fria, cortada aos pedaços ou partida à mão no meio de um piquenique. E se forem muito gulosos, molhem a vossa fatia em mais azeite ainda na hora de comer.

 

Tarte de Espargos e Queijo da Ilha

Sou uma espargófila convicta, mais aficcionada dos verdes do que dos brancos. Gosto deles salteados, cozidos a vapor, em tartes, em tudo o que possa fazer sentido. Mas nesta tarte, mesmo quem não gosta muito deles vai tornar-se fã.

 

Fiz esta receita numa forma rectangular pipi mas podem fazê-la em qualquer tarteira que tenham em casa.

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Ingredientes:

1 base de massa folhada congelada

1 molho de espargos

3 ovos

1 pacote de natas de soja light

150 gr de queijo da ilha ralado

Sal, pimenta e noz moscada q.b.

 

Comecem por deixar descongelar a massa folhada à temperatura ambiente durante 20/30 minutos. Estendam a massa à medida da forma e forrem-na com cuidado. Piquem a massa com um garfo e coloquem-na no frigorífico enquanto fazem o recheio.

 

Aqueçam o forno a 175º.

 

Arranjem os espargos, cortando as extremidades (se tentarem dobrar o espargo, ele parte pelo sítio adequado mas também podem cortar as pontas com uma faca) e ponham-nos um bocadinho à espera.

 

Numa tigela, batam os 3 ovos com as natas de soja e adicionem 100 gr do queijo ralado. Temperem a mistura com sal, pimenta e noz moscada.

 

Tempo de retirar a massa do frigorífico. Deitem o recheio líquido para dentro da tarteira e arrumem por cima, em fila indiana, os espargos.

 

Polvilhem o resto do queijo da ilha no topo da tarte e levem ao forno durante uns 40/45 minutos ou até estar bem douradinha por cima.

 

Retirem, deixem arrefecer até estar morna e comam fatias generosas acompanhadas de uma salada. Um almoço perfeito, não acham?

 

Pão para impressionar (e que demora uma hora a fazer)

Sou adepta de pão. Gosto de o comer, de o cheirar e gosto de o fazer. Gosto de fazer testes com diferentes tipos de fermento, diferentes tipos de farinha ou com métodos variados. Mas também gosto de ter vida e a verdade é que cuidar de massa levedada, ainda que não tome assim tanto tempo ativo, exige atenção e companhia e nem todos os dias são dias com paciência para fazer babysitting.

 

Ora nos últimos tempos, tenho andado numa encruzilhada de pães. Há um receita que faço recorrentemente e que nunca falha, a do meu pão doce, mas tenho testado outras e tenho feito muitas leituras sobre pães que não levam muito tempo a fazer.

 

Depois de alguns testes, cheguei à receita que melhores resultados teve. Demora mais ou menos uma hora do início ao fim mas parece que demorou três dias a fazer. Agora atirem-se também vocês a ela.

 

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Ingredientes:

1 chávena e meia de água quente (quente da torneira, não a ferver)

1 c. sopa de mel

1 colher e meia de sopa de fermento de padeiro (do granulado)

1 colher e meia de chá de sal

3 chávenas e meia de farinha (ou um pouco mais até se obter a consistência desejada)

 

Numa tigela comecem por misturar a água quente com o fermento, o mel e o sal. Mexam e esperem uns 15 minutos até que forme uma espécie de espuma em cima.

 

Despejem a farinha para dentro da tigela e misturem, inicialmente com uma colher de pau e depois com as mãos. Vão provavelmente precisar de um pouco mais do que a quantidade indicada mas as três chávenas e meia são a melhor referência.

 

Devem ir amassando até que a mistura já não esteja pegajosa (uns cinco minutos até conseguirem formar uma bola). Já não deve pegar-se aos dedos mas deve estar húmida. Lembrem-se que se adicionarem demasiada farinha vão ficar com um pão seco e pesado.

 

Coloquem a massa num recipiente polvilhado com farinha e cubram-no com um pano. Deixem que levede por 15 minutos. Eu usei o meu cesto de levedação para dar ao pão aqueles círculos lindos que veem na imagem e que fazem lembrar o melhor pão francês mas podem usar uma tigela comum.

 

Enquanto a massa leveda, aqueçam o forno a 200 graus. Coloquem lá dentro o tabuleiro onde vão cozer o pão para que esteja quente quando puserem a massa a cozer.

 

Passado o tempo de levedação, a massa deve ter duplicado de volume. Coloquem-na no tabuleiro que aqueceram no forno.

 

No tabuleiro inferior do forno coloquem meia chávena de água para criar vapor e fazer com que o pão cresça o máximo que pode antes de tostar. Deixem que coza por uns 25/30 minutos, até que o topo fique bem dourado e o fundo esteja firme.

 

Retirem, deixem arrefecer (ou não) e comam com manteiga a escorrer por uma fatia.

 

 

Pataniscas de curgete

Para os mais puristas o título deste post pode ser uma ofensa. Já se sabe que a verdadeira patanisca é com bacalhau e nada mais. Mas eu gosto de viver perigosamente e dei este nome a uns bonitos fritos de curgete que fiz lá em casa.

 

Estes pastéis fofinhos são tão bons que merecem um perdão pelo meu atrevimento na nomenclatura. Acompanhei-os com um arroz de coentros mas podem comê-los ao lado do que mais gostarem.

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Ingredientes (para duas pessoas):

Duas curgetes pequenas raladas (mais ou menos 300 gr antes de serem escorridas)

2 ovos grandes

30 gr. de queijo parmesão ralado (na hora, claro)

2 a 3 colheres de sopa de farinha

Sal e pimenta q.b.

1 dente de alho

1 fio de azeite

 

Comecem por ralar a curgete (não precisam de tirar a casca) e, de seguida, escorram-na num pano de cozinha limpo. Torçam o pano para que a maior parte da água seja eliminada.

 

Numa tigela batam os ovos, juntem o parmesão, as curgetes, uma pitada de sal e uma pitada de pimenta. Batam tudo e juntem a farinha. Comecem por colocar duas colheres de sopa mas se a vossa mistura estiver demasiado líquida, adicionem mais uma colher. Deve ficar com uma consistência que cai da colher mas que aguenta a sua forma quando colocada na frigideira.

 

Aqueçam uma frigideira antiaderente com um fio generoso de azeite. Coloquem o dente de alho inteiro e descascado no azeite e deixem que frite por alguns segundos, apenas até começarem a sentir o aroma do alho.

 

Retirem o alho e deitem colheradas da massa na frigideira. Cada patanisca deve levar duas colheres de sopa mal cheias de massa. Deixem que os pastéis cozinhem por uns três minutos até que fiquem dourados e virem-nos com uma espátula. Deixem que cozinhem do outro lado por mais uns dois minutos.

 

Retirem para um prato com papel absorvente e sirvam logo de seguida.

O magusto cá de casa

Desde que há quase 13 anos vim morar para Lisboa que tive de adaptar o meu dicionário ribatejano aos costumes da capital. Isto pode parecer muito provinciano e saudosista mas tem razão de ser.

 

Aquilo que toda a minha infância conheci como arrufada aqui é um pão de Deus. E o que em Lisboa é uma arrufada é aquilo que eu sempre conheci como pão de Deus. De um mal semelhante sofre o magusto, não a tradição de São Martinho que envolve castanhas e água-pé mas o prato camponês que, pelos sítios onde cresci, acompanha o bacalhau assado. Tentar explicar isto a quem não sabe o que é dá geralmente em discussão que não passa de "mas o magusto é aquela coisa das castanhas".

 

Para acabar com as confusões, venho propôr-vos a minha receita de magusto para provarem e comprovarem que o prato realmente existe e não envolve assar castanhas.

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Dirão os mais puristas que o magusto original é feito de couve portuguesa, pão, azeite e alho e pouco mais. Mas eu sempre gostei mais da versão que leva feijão. O meu pai gosta de manter a tradição e diz sempre que o meu não é o original mas eu não me preocupo muito com esses preceitos e faço tudo para conseguir o melhor sabor.

 

Apesar de, por norma, este ser um acompanhamento para bacalhau assado, também pode ser um bom amigo para qualquer carne grelhada num dia de outono ou inverno. Porque faço sempre a olho, tomem estas quantidades como referências para duas pessoas e arrisquem a fazer a vossa própria versão. É difícil isto não correr bem.

 

Ingredientes:

1/2 couve portuguesa

3 dentes de alho picados

1 a 2 colheres de sopa de azeite

1 lata pequena de feijão branco cozido

1 pãozinho redondo caseiro (pode ser uma bola caseira não muito grande e pode ter já alguns dias)

Sal

Pimenta

 

Começo por cozer a couve portuguesa em água com uma pitada de sal até estar bem tenrinha. O ideal é que ainda fique a descansar dentro da água da cozedura mesmo depois de cozida. Quando chegar a altura de continuar a receita, tiro a couve para uma tábua, pico-a com uma faca e guardo a água da cozedura, que vai ser essencial já daqui a um bocadinho.

 

Terminado este passo, coloco o azeite num tacho com os dentes de alho e deixo refogar, até o alho soltar os seus aromas (cuidado para não queimar). Ao refogado, junto o pão partido em pedaços pequeninos, envolvo no azeite e junto as couves. Tempo de juntar o feijão já lavado e escorrido e envolver bem.

 

À mistura, vou juntando aos poucos meias conchas da água da cozedura das couves e amassando com uma colher de pau (eu tenho um daqueles esmagadores para puré de batata que também é um óptimo instrumento para esta função). Não é preciso usar muita água mas a consistência ideal do magusto depende muito do gosto do cozinheiro, por isso, vá juntando até se sentir feliz com o resultado. Eu gosto do meu com a textura da açorda.

 

Termino a temperar com sal e pimenta.

 

Provem ainda a fumegar e sintam-se verdadeiros camponeses ribatejanos.

Chili branco (só para variar)

Apreciadores de chili, já têm desculpa para comer a vossa iguaria preferida mais vezes sem enjoar.

 

Este chili branco é uma forma original (e menos pesada) de fugir à receita tradicional de chili com carne de vaca picada e feijão encarnado. O nível de picante pode ser controlado à vontade do freguês, que eu não vos obrigo a lacrimejar.

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Ingredientes (para três pessoas):

1 cebola

2 dentes de alho

1 peito de frango grande (sem pele e sem osso) cortado aos cubinhos

1 lata grande de feijão branco (das de 845 gr)

1 cubo de caldo de galinha (usei Knorr Natura mas se tiverem caldo de galinha caseiro, melhor)

50 ml de natas de soja

1 malagueta verde

1 fio de azeite

1 c. chá de cominhos em pó

1 pitada de paprika

1/4 chávena de coentros picados

Sal e pimenta q.b.

 

Num tacho pesado, coloquem o fio de azeite a aquecer. Quando estiver quente, juntem a cebola e os dentes de alho picados e deixem alourar. A esta mistura juntem a malagueta bem picada (com as sementes retiradas, se quiserem um picante mais modesto) e metade dos coentros. Mexam e encostem este preparado a um lado do tacho.

 

Temperem o frango com sal e pimenta a gosto e coloquem-no a alourar no lado disponível do tacho. Enquanto o douram, salpiquem-no com a paprika e os cominhos. Assim que o frango estiver douradinho de todos os lados (não queremos que cozinhe completamente, só que fique dourado).

 

Retirem o feijão da lata, lavem-no bem e escorram-no. Atirem-no para a festa no tacho e envolvam bem tudo.

 

Cubram o feijão com água acabada de ferver, só mesmo até cobrir o feijão senão ficam com sopa, e juntem o caldo de galinha, mexendo até que ele derreta. Finalmente, juntem as natas de soja e mexam novamente.

 

Cubram o tacho e deixem cozinhar em lume brando por 10/15 minutos, até que parte do feijão se comece a desfazer, contaminando o líquido com o seu puré e transformando este manjar num mar cremoso. Retifiquem os temperos e, se estiver tudo fino, retirem do lume.

 

Quando servirem, salpiquem com o resto dos coentros picados e comam uma tigela fumegante à colherada.

O fim de semana foi para o tomate

Feriado de 15 de agosto pede almoço de família. Almoço de família tem a Tia Júlia e a Tia Júlia tem os seus vegetais e as suas frutas, cultivados sob as regras da mais tradicional agricultura biológica.

 

Regresso do almoço de família e na mala do carro sacos cheios dos ditos cujos. A saber: tomates (com fartura), beringelas, figos, ameixas e por aí fora. Achei que devia dedicar as minhas aventuras culinária do fim de semana aos quilos de tomate que trouxe comigo. E saíram estas coisas...

 

Doce de tomato: um clássico. Bom para pôr numa tosta ou para usar em sobremesas. Demora mas vale a pena o esforço.
Uma salada panzanella aldrabada. A tradicional vem da Itália e mistura tomate, manjericão, azeite e cubos de pão. Eu fiz batata e fiz uma salada de tomate, pepino e queijo feta (mais próxima de uma salada grega do que outra coisa) e juntei-lhe depois os cubos de pão tostados no forno. Azeite, sal, pimenta e vinagre em cima e estamos com o almoço feito.

A cereja no topo do bolo ou, neste caso, o manjericão. A minha clássica receita de Cheesecake com algumas alterações deu este Cheesecake de Manjericão com Doce de Tomate.

 

Já sabem que para encomendas gulosas podem consultar a nossa ementa.