Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Chili branco (só para variar)

Apreciadores de chili, já têm desculpa para comer a vossa iguaria preferida mais vezes sem enjoar.

 

Este chili branco é uma forma original (e menos pesada) de fugir à receita tradicional de chili com carne de vaca picada e feijão encarnado. O nível de picante pode ser controlado à vontade do freguês, que eu não vos obrigo a lacrimejar.

IMG_3010_2.JPG

Ingredientes (para três pessoas):

1 cebola

2 dentes de alho

1 peito de frango grande (sem pele e sem osso) cortado aos cubinhos

1 lata grande de feijão branco (das de 845 gr)

1 cubo de caldo de galinha (usei Knorr Natura mas se tiverem caldo de galinha caseiro, melhor)

50 ml de natas de soja

1 malagueta verde

1 fio de azeite

1 c. chá de cominhos em pó

1 pitada de paprika

1/4 chávena de coentros picados

Sal e pimenta q.b.

 

Num tacho pesado, coloquem o fio de azeite a aquecer. Quando estiver quente, juntem a cebola e os dentes de alho picados e deixem alourar. A esta mistura juntem a malagueta bem picada (com as sementes retiradas, se quiserem um picante mais modesto) e metade dos coentros. Mexam e encostem este preparado a um lado do tacho.

 

Temperem o frango com sal e pimenta a gosto e coloquem-no a alourar no lado disponível do tacho. Enquanto o douram, salpiquem-no com a paprika e os cominhos. Assim que o frango estiver douradinho de todos os lados (não queremos que cozinhe completamente, só que fique dourado).

 

Retirem o feijão da lata, lavem-no bem e escorram-no. Atirem-no para a festa no tacho e envolvam bem tudo.

 

Cubram o feijão com água acabada de ferver, só mesmo até cobrir o feijão senão ficam com sopa, e juntem o caldo de galinha, mexendo até que ele derreta. Finalmente, juntem as natas de soja e mexam novamente.

 

Cubram o tacho e deixem cozinhar em lume brando por 10/15 minutos, até que parte do feijão se comece a desfazer, contaminando o líquido com o seu puré e transformando este manjar num mar cremoso. Retifiquem os temperos e, se estiver tudo fino, retirem do lume.

 

Quando servirem, salpiquem com o resto dos coentros picados e comam uma tigela fumegante à colherada.

Uma tarte para comer de enfiada

Agora que a chuva já anda por aí e o calor já parece definitivamente ter ido embora, convenci-me de que o outono está por cá. Já ofereço chá e bolos às visitas em vez de sumos frescos e sobremesas geladinhas.

 

Esta tarte de feijão é a escolha ideal para acompanhar um chá fumegante, de chávena a queimar os dedos. Mas atenção à navegação: garantam que têm gente suficiente em casa para a comer na mesma tarde. É que este pastel de feijão gigante é como os de nata, acabado de sair do forno queima mas sabe maravilhas, uma hora depois está num ponto irrepreensível mas no dia seguinte já parece um daqueles pastéis de café de bomba de gasolina (mole e empapado). Mesmo que não tenham uma troupe considerável, certifiquem-se de que os poucos mas bons são gulosos inveterados.

 

A maior vantagem desta tarte de feijão branco? Apesar de parecer altamente profissional, não dá trabalhinho nenhum a pôr de pé.

 

Ingredientes:

1 base de massa folhada (sim, há massa folhada bem boa à venda e não há justificação para perder horas de vida a tentar fazê-la em casa)

400 g de puré de feijão branco (mais ou menos uma lata e meia de feijão cozido escorrido e triturado)
250 g de açucar
2 ovos e 5 gemas
raspa de 1 laranja
70 g de manteiga derretida

 

Aqueci o forno a 175º.

 

Estendi a base redonda de massa folhada numa tarteira. Piquei o fundo com um garfo e coloquei no frigorífico enquanto preparei o recheio.

 

Bati as gemas e os ovos com o açúcar até ter um creme esbranquiçado, juntei depois a raspa de laranja e o puré de feijão e mexi com um batedor de varas para ficar tudo suave e sem grumos. Por fim, juntei a manteiga derretida.

 

Retirei a base do frigorífico e enchi-a com o recheio, com cuidado para não entornar. Levei a tarte ao forno durante mais ou menos 40 minutos. Tem de ficar dourada no topo e mais ou menos firme mas não demasiado cozida para não perder a cremosidade que queremos que ela tenha.

 

Deixei arrefecer e polvilhei com açúcar em pó.