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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Crostata Dourada de Maçã

A habitual Tarte de Maçã com o selo Quanto Mais Quente Melhor é mais pomposa, digna de entrar na categoria do food porn, mas também exige outro nível de perícia culinária, mais tempo e mais paciência do que esta outra encarnação de doce com maçãs.

 

Esta Crostata Dourada de Maçã é simples de fazer e não envergonha ninguém quando a necessidade a cumprir é servir uma sobremesa que não demore muito tempo a fazer.

 

Se quiserem subir um nível, sirvam-na com uma bola de gelado de baunilha e molho de caramelo.

IMG_0672.JPG

Ingredientes:

(Massa)

125 gr de farinha

1 c. chá de açúcar

1/4 c. chá de sal

85 gr de manteiga (fria, cortada aos cubos)

40 a 50 ml de água gelada

 

(Recheio)

1 kg de maçãs (usei Granny Smith)

30 gr de manteiga derretida

65 gr de açúcar

2 c. sopa farinha

1 c. chá de canela

Raspa e sumo de meia laranja

 

Começando pela massa, coloquem num robô de cozinha a farinha, o açúcar e o sal e misturem. Juntem depois a manteiga em cubos e carreguem no botão até a mistura se parecer com migalhas. Depois, com o motor a trabalhar, vão juntando a água gelada até a massa formar uma bola. Dependendo do dia, podem precisar de mais ou menos água (dias chuvosos são mais húmidos e têm influência nestas coisas). A massa deve formar uma bola mas não ficar mole em demasia, ainda pode ter uns bocadinhos mais secos, é normal. Embrulhem a massa em película aderente e coloquem no frigorífico durante uma hora.

 

Enquanto isso, preparem as maçãs. Descaroçem-nas, cortem-nas em fatias finas e coloquem-nas numa tigela. Aí, juntem os restantes ingredientes do recheio (guardem apenas duas colheres de sopa do açúcar) e, cuidadosamente, com as mãos para não partirem as maçãs, envolvam tudo.

 

Aqueçam o forno a 180º e retirem a massa do frigorífico. Estendam-na em forma de círculo numa superfície enfarinhada (desajeitado, não precisa de ser perfeito) e coloquem-na com meiguice num tabuleiro plano forrado com papel vegetal. Coloquem as maçãs no centro da massa, deixando alguma margem nas bordas. Dobrem as bordas por cima das maçãs a toda a volta, sem grande perfeccionismo, e polvilhem a massa e o recheio com as duas colheres de açúcar que tinham guardado.

 

Levem ao forno até estar tudo bem dourado, durante mais ou menos 35/45 minutos. Retirem, deixem arrefecer um pouco e sirvam ainda morninha à fatia, com ou sem gelado no topo.

 

 

Bolo de maçã épico

Não vejo melhor forma de descrever este bolo do que roubar uma frase usada por quem o provou: "Há coisas pelas quais não vale a pena quebrar uma dieta. Por esta vale.". É mais ou menos isto que é este bolo de maçã épico (não há mesmo melhor adjetivo para empregar no nome da iguaria). Diria mais, o bolo devia vir acompanhado de uma banda sonora ao nível de um "E Tudo o Vento Levou" para lhe fazer justiça.

 

A massa leva queijo mascarpone, o que a torna húmida e fofa de uma maneira quase pornográfica. O recheio e a cobertura de maçã, quando no forno, misturam-se com a massa, criando um caramelo do outro mundo.

 

Agora que pus as vossas expectativas lá em cima, vamos ao que interessa...

 

bolo maca.JPG

Ingredientes:

2 chávenas de farinha (300 g)
2 colheres de chá de fermento em pó
1 colher de chá de canela em pó
1/4 colher de chá de sal
250 g de queijo mascarpone (à temperatura ambiente)
125 g de manteiga amolecida
1 chávena de açúcar (200 g)
1/2 colher de chá de extrato de baunilha
3 ovos
1/4 chávena de leite (60 ml)

(Para o recheio e cobertura)
4 maçãs grandes, descascadas, descaroçadas e fatiadas
Sumo de meio limão (grande)
1/2 chávena de açúcar
1/2 chávena de açúcar mascavado
4 colheres de sopa de farinha
2 colheres de chá de canela

 

Comecei por aquecer o forno a 180º e por untar, forrar com papel vegetal e polvilhar com farinha uma forma quadrada (usei uma daquelas para brownies, mas se preferirem podem usar uma redonda).

 

Numa tigela, misturei a farinha, o fermento e a canela. Noutra, com uma batedeira, bati a manteiga com o queijo mascarpone. Juntei a esta mistura o açúcar e o extrato de baunilha e bati bem até ficar fofinho (a mistura parece coalhar mas não estranhem porque, quando juntarem a farinha, a paz voltará a existir no mundo). Nesta altura é tempo de juntar os ovos, um a um, batendo entre cada adição.

 

Para terminar, envolvi neste preparado a farinha, o fermento e a canela, alternando com o leite (começando e acabando na farinha).

 

A massa está pronta, vamos às maçãs.

 

Numa tigela coloquei as maçãs fatiadas e juntei o sumo de limão, para não oxidarem. À parte, juntei os restantes ingredientes para o recheio e a cobertura (os açúcares, a farinha e a canela). Reservei umas duas colheres de sopa e a maioria adicionei às maçãs, envolvendo bem para ficarem todas cobertas.

 

A única coisa que falta fazer é pôr isto em camadas. Na forma, coloquei metade da massa espalhando bem para cobrir o fundo, depois metade da mistura das maçãs, com cuidado para não afundarem na massa. A seguir, basta colocar a restante metade da massa, espalhá-la com carinho, e, por fim, colocar no topo o resto da mistura das maçãs.

 

Antes de levar ao forno, salpiquei o topo com as duas colheres da mistura de açúcares, farinha e canela que tinha guardado.

 

Toca a meter no forno durante uns 35/45 minutos e tirar quando estiver douradinho e a borbulhar e um palito sair limpo do centro.

 

Tentem esperar uma meia hora antes de cortar quadrados e provar (eu nem me dou ao trabalho de desenformar, ali fica muito bem arrumadinho).

Bolo de Maçã Sueco

Perguntem-me porque se chama Bolo de Maçã Sueco. "Porque se chama bolo de maçã sueco, Inês?". O bolo de maçã é aparentemente uma receita muito presente nas mesas suecas. Tradicionalmente acompanhado com molho de baunilha, há muitas versões da guloseima. Não há um, há uma série deles, o que, logo à partida, enfraquece o estatuto do que deverá ser um "verdadeiro bolo de maçã sueco". Mas isso, na verdade, não importa para nada.

 

É um bom bolo para acompanhar um café ou um chá, aqui numa adaptação da versão que encontrei no livro "Cake", de Rachel Allen, aquela senhora loura irlandesa que está sempre a fazer bolos num programa do 24Kitchen e que repete a palavra "adore" umas cinquenta vezes por programa.

 

 

Ingredientes:

3 maçãs Granny Smith grandes (podem usar outro tipo de maçã, eu gosto sempre de usar estas em sobremesas)

250 g farinha

2 c. chá de fermento em pó

1 c. chá de canela

150 g de açúcar

150 g de manteiga

3 ovos

 

(para a cobertura)

25 g de manteiga

3 c. sopa de açúcar

1 c. chá de canela

...ou...

1 c. sopa de compota de alperce ou maçã derretida com um pouco de água

 

Aqueçam o forno a 160º/180º. Untem uma forma de 23/25 cm e forrem o fundo com papel vegetal (usem uma forma de mola, com fundo amovível).

 

Descasquem e descarocem as maçãs. Cortem duas em cubos de 1 cm e fatiem uma delas em fatias finas. Reservem as maçãs num tigela e reguem-nas com umas gotas de sumo de limão, para não oxidarem.

 

Peneirem a farinha, o fermento e a canela para uma tigela grande, juntem o açúcar e misturem. A este preparado seco, juntem as duas maçãs cortadas em cubos, a manteiga derretida e os ovos. Batam com uma colher de pau até estar tudo bem envolvido.

 

Ponham a massa na forma, alisando o topo para ficar direitinho, e, por cima, disponham as fatias finas de maçã numa espiral, começando de fora e terminando no centro. Levem ao forno durante 45/50 minutos, até estar bem douradinho e um palito inserido no centro sair limpo.

 

A receita original usa a cobertura que vos vou explicar como fazer já de seguida mas eu prefiro simplesmente derreter um pouco de compota com um bocadinho de água e pincelá-la no topo do bolo.

 

Se quiserem usar a cobertura original, aqui vai: derretam a manteiga num tacho, juntem o açúcar e mexam até estar completamete dissolvido. Juntem depois a canela, mexam e retirem do lume. Podem fazer isto enquanto o bolo coze.

 

Voltando ao bolo...Depois de sair do forno, deixem que arrefeça durante cerca de dez minutos e só depois devem desenformar. Passem uma faca nos lados da forma, para garantir que nada está agarrado, abram a mola da forma e passem o bolo para um prato de servir.

 

Para acabar, reguem com o molho de manteiga e canela (que podem ter de reaquecer, se já estiver à espera há muito tempo) ou pincelem com a compota derretida.

 

Não sejam gulosos, deixem que fique frio para depois atacarem.