Rabanadas poveiras (na Páscoa como no Natal)
A Páscoa foi a norte, na Póvoa de Varzim. Já é certo que qualquer viagem a norte dá em encontro de mesa cheia e em regresso de barriga carregada. E esta cumpriu a regra.
Esta Páscoa provei finalmente algo de que há muito me falavam: as rabanadas poveiras.
Ao contrário das rabanadas tradicionais, feitas com pão cortado, as poveiras são pequenas bolas de pecado, feitas a partir de pães bijou do dia anterior.
Diz-me o meu irmão (que mora na zona) que as compra na casa de uma senhora já de idade. Sozinha, sentada em frente a um panelão, vai virando cada rabanada com carinho e todas as que dali saem para venda são feitas no momento. Seguem todas quentinhas, portanto.
No Natal a fila é difícil de suportar mas, desta vez, na Páscoa, altura em que a procura das rabanadas também aumenta, lá se conseguiu chegar à iguaria.
A acompanhá-las vem uma calda de frutos secos. Uma colherada a escorrer por cima de cada uma torna a delícia ainda mais pecaminosa.
Não é para comer todos os dias mas é para comer quando se for à Póvoa, especialmente se nunca se provou.