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Quanto Mais Quente Melhor

Doces com coração (e umas coisas salgadas pelo meio). Food porn descarado da cozinha (e das viagens) de uma jornalista doceira.

Creme de ervilhas com chouriço crocante

Os dias cinzentões devem estar por aí a chegar e vão começar a pedir comida outonal, quentinha e aconchegante. Este creme de ervilhas é tudo isso e muito mais e tem a vantagem de não ser uma sopa aborrecida. Afinal, já ninguém tem paciência para o creme de cenoura sensaborão que se comia lá em casa quando tínhamos dez anos.

 

Eu gosto de ervilhas mas acho sempre que elas precisam de ter um amigo ao seu lado para contrastar com o seu doce natural. Desta vez o eleito foi o chouriço.

Captura de ecrã 2014-10-13, às 13.33.12.png

 

Ingredientes:

750 g de ervilhas congeladas

1/2 chouriço

1 cebola grande

2 dentes de alho

1 fio de azeite

1 c. chá de noz-moscada

Sumo de meio limão

100 ml de leite

Sal e pimenta q.b.

 

Comecei por colocar o fio de azeite num tacho, aquecê-lo bem e deitar para lá o chouriço cortado em pequenos cubinhos. Quando o chouriço tiver largado a sua gordura e estiver bem tostadinho, retirem-no e coloquem-no a escorrer numa folha de papel absorvente.

 

Na gordura que o chouriço largou, refoguem a cebola e o alho picados até que fiquem dourados. Juntem depois as ervilhas e o sumo de limão, temperem com o sal, a pimenta e a noz-moscada e deixem cozinhar até que as ervilhas percam aquele aspeto de congeladas (até o verdinho ficar bem verdinho).

 

Adicionem depois água ( basta que cubram as ervilhas, se for pouca podem sempre acertar no fim) tapem o tacho e deixem cozinhar durante 10/15 minutos ou até as ervilhas estarem bem tenras mas não terem perdido a sua cor original e vibrante.

 

Terminado este tempo, triturem tudo com uma varinha mágica. Coem depois o puré num passador para que fique bem cremoso e as peles das ervilhas não arruinem a nossa experiência (se forem menos mariquinhas do que eu podem saltar este passo). Por fim, adicionem o leite e levem de novo ao lume só até levantar fervura.

 

Retifiquem os temperos e sirvam, colocando no centro algum do chouriço crocante e por cima um fio de azeite.

A única sopa para estes dias de 40 graus

A Proteção Civil alertou, as praias à estão à espera da enchente e na cozinha só se fazem coisas frescas. Sopa não é coisa que combine muito com verão (e com os 40 graus previstos para este fim de semana) mas há uma, uma só, que continua a saber-me bem nestes tempos quentes: a minha sopa de tomate com picadinho de ovo.

 

Se suportarem o calor do fogão durante um bocadinho, vão ver que vale a pena um jantar com esta sopa de vermelho reluzente, com umas pedras preciosas amarelas e brancas no meio. Não custa nada.

 

Eu devo confessar que não tenho quantidades totalmente precisas para vos dar porque costumo fazer a olho. Às vezes junto algum legume que ande a rebolar pela gaveta do frigorífico e que, se seguíssemos o livro de estilo, nem devia entrar ali mas que, no final, até ajuda à festa. Vou tentar quantificar e pôr isto em receita com pés e cabeça.

 

 

Ingredientes:

8/9 tomates maduros

1 curgete grande

2 batatas pequenas

1 cenoura grande

1 cebola

1 dente de alho

1 raminho de manjericão (ou oregãos secos, se preferirem)

Sal q.b

2 ovos

 

Começo por tratar da saúde aos tomates. Coloco-os num recipiente com água acabada de ferver durante uns 30 segundos e depois pelo-os. Este processo faz com que se torne muito fácil tirar a pele aos tomates. Depois corto-os em pedaços, eliminando a maior parte das sementes mas tentando aproveitar parte do sumo.

 

Descasco e corto todos os outros legumos em pedaços de tamanho semelhante e coloco dentro de uma panela juntamente com o alho, o sal e o raminho de manjericão.

 

Coloco água na panela, quase até cobrir os legumes, junto um fio de azeite e levo ao lume. Depois de começar a ferver, diria que demora mais ou menos uns 15 minutos até todos os legumes estarem cozinhados.

 

Tiro a panela do lume e trituro tudo com uma varinha mágica. Agora é tempo de ver se o puré tem a consistência correta. Se estiver muito espesso, junto um pouco mais de água. Levo novamente ao lume durante uns cinco minutos, só para levantar fervura e para que tudo fique bem ligado.

 

Enquanto isto, cozo os ovos, que descasco e pico. No momento de servir o líquido reconfortante, coloco no centro da tigela umas colheradas de picadinho de ovo.

 

Agora é só comer. Mesmo num dia de 40 graus, sabe a prato de verão.